terça-feira, 10 de abril de 2012

De volta

Bom dia, meninas!!!

Sabe aquelas horas em que você se dá conta das burradas que está fazendo na vida? Pois é, me encontro deste jeito, mas infelizmente ainda, a percepção só vem depois de cometer o erro, daí Inês já está morta, né? Chorar não vai adiantar mais, nem se revoltar.

Fico naquelas histórias de fingir que estou fazendo o certo e sabendo que não estou e, ao mesmo tempo, querendo que as coisas aconteçam, porque para os outros, eu estou fazendo tudo correto.

Pra que continuar se enganando? Pra que fingir que faz certo, o que na verdade não faz? Pra que se iludir, achando que amanhã você começa e, o "tal amanhã", não chega nunca?

Chega!!!! Preciso fazer algo urgente por mim de verdade. Estou me dando conta de que se continuar deste jeito, certamente eu já passei da metade da minha vida e, quanto mais eu preciso esperar para mudar a situação?

Não quero voltar a ser quem eu era, quero ser melhor, por ter a certeza de que aprendi com meus erros e sendo assim, não vou cometê-los mais. Não quero mais precisar dar desculpas, pela minha incapacidade de fazer o que é certo por mim. Não é a falta de dinheiro, a falta de um plano de saúde, de uma nutricionista, de dores nos pés, no joelho, na coluna ou nos braços, nem o fato de que "se eu não comer o que me oferecem, as pessoas irão ficar magoadas comigo".

O que é mais importante: a magoa das pessoas por eu dizer "não, obrigada!" ou a tristeza do depois, por ter cedido? A constatação na balança e no espelho de que você é incapaz de deixar de ferir os outros, para se mutilar?

O que já percebi nesta história, é que devo ficar calada. Sim, calada. Não falar para ninguém que estou tentando emagrecer ou que estou tentando mudar algumas coisas em mim, porque além da minha autosabotagem, por permitir comer o que não deveria ou fazer o que não queria, tem os "sabotadores profissionais" que ficam de prontidão, esperando uma deixa, para eu pronunciar as tais palavrinhas mágicas "regime, dieta ou mudança interior" e se colocarem no estado de alerta máximo, para fazerem meus planos irem por água abaixo  e, a cada derrota minha e vitória deles, é mais uma chance de falarem "que eu não sou capaz de fazer isto". A capacidade está no desejo de realmente fazer algo melhor. E, talvez o meu desejo não seja assim tão intenso quanto eu jurava que era.

Na 6a. feira passada, fui à casa da minha prima, conversamos sobre várias coisas, mas algo me tocou naquela conversa, foi quando ela me disse que "o que mais se orgulhava de mim, era o fato de eu sempre lutar para conseguir o que queria, que não havia o impossível para mim, e sim, aquilo que dava mais trabalho para conseguir".

Olhei admirada para ela e, em certo momento, achei até que ela estava falando de outra pessoa. Bom, na verdade, estava mesmo. Quem me vê hoje, não me reconhece. Não sou mais aquela pessoa impulsiva, persistente e decidida. Que tinha sonhos, planos e vontade de realizá-los. Que brigava e se fazia ouvir. Hoje, sou apenas alguém que leva a vida segundo as águas do rio, tentando se equilibrar numa canoa apertada. Aprendi a me calar, deixei de ter sonhos, de lutar. Passei a sobreviver e a ser conduzida pelos outros.

Verificando a história da minha vida (nossa que profundo), percebo que perdi muito mais do que ganhei, mas estas coisas, refletem muito mais no meu ser, do que o que foi deixado para trás. Passei a pensar nisto nos dias que se seguiram e, ontem eu comecei o resgate daquela lutadora de UFC que existe dentro de mim.

Assim, estou iniciando a jornada de volta, meu processo de transformação, no silêncio da minha alma, quietinha dentro de mim. Dizem que as verdadeiras mudanças acontecem de dentro para fora e, eu sou a prova viva disto, pelo menos do que sou agora.

Ontem, recomecei a ler o Saúde Espiritual do Alírio de Cerqueira Filho, de novo. Já foram duas tentativas, a primeira, passei da metade do livro e percebi que não estava fazendo metade do que estava lá e, a outra, não passei do primeiro capítulo. Agora, pretendo fazer diferente, ou melhor, pretendo fazer a diferença.

Fico por aqui,

Beijos e boa semana

PS. O carocinho vermelho diminuiu, mas ainda está lá e, eu continuo tomando o medicamento.

2 comentários:

ALINE disse...

sabe estou no mesmo dilema q vc sei q tenho q fazer e fico remando sem sair do lugar....mas nós vamos conseguir simmm

bjs

Roberta Zero Cal disse...

Oi Val... que saudadeeeee. Que bom que passou no meu bloguinho, estava morrendo de saudade de vc. Tbem estou ausente mas agora estou tentando voltar, enfim no meu lar fica mais fácil.

Amiga, lendo o seu post parece que vc fala de mim... sempre numa busca constante pela melhoria mas sempre dando desculpas e se enganando. Pior de tudo é que a gente não engana aos outros, a gente tenta SE enganar.

Na minha última consulta na psiquiatra ela disse que eu TENHO que emagrecer pois eu tenho muitas "comorbidades" para a minha idade:
- hipotireoidismo
- fibromialgia
- obesidade
- hipertensão
- etc...

Putz, eu tenho 36 anos e se eu continuar assim eu não chegou aos 50 e nem pensando nisto me motiva a realmente mudar.
Vou tentando...

Beijos e sorte aí
Espero que o carocinho melhore (li o post anterior tbem) que bom que não é nada grave.