quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Desistir jamais!


Boa tarde, flores do meu dia!

Já faz algum tempo que venho tentando voltar ao meu cantinho, visitar vocês com freqüência, deixar recadinhos e, principalmente, fazer o que é certo, o que me propus fazer a tanto tempo e sem êxito nenhum.

Hoje, voltando da jornada diária de levar os filhos na escola e o marido no trabalho, me vi prestando atenção as propostas insanas de um certo candidato no rádio. Era o horário político que estava soando aos meus ouvidos, as velhas promessas de sempre, a mesma vestimenta de bom-moço, de que com ele as coisas irão mudar e patati e patatá, ou seja, o lengalenga de todas as eleições. E, sabe o que eu percebi? Que sou como eles, cheia de promessas, de falsas ilusões e com a ficha sujíssima. Se fosse candidata, estaria impugnada!!!!

Há anos estou na luta contra a balança, há anos que juro que vou emagrecer e mudar e, continuo na mesma. Foram infindáveis tentativas de dieta, algumas terminadas no mesmo dia, na hora do almoço, ou do jantar, ou até mesmo no lanche da manhã. Sem vergonha na cara, vim aqui várias vezes, prometer o imprometível: que amanhã vai ser diferente, que vou mudar, vou fazer diferente e, de repente, o silêncio, o sumiço, por não ter a coragem de dizer mais uma vez, que falhei, sou humana.

Refletindo sobre as circunstâncias, percebo que a culpa não está na minha mãe que cozinha maravilhosamente bem e, que no afã de agradar, faz coisas gostosas, fica emburrada quando você não come, ou manda para a nossa casa, potes lotados de geleia  bolachas e salgadinhos. Não é ela que me força comer, sou eu quem não sei dizer NÃO, OBRIGADA!

Também, não é meu marido, com as pizzas noturnas durante a semana, mesmo com o jantar pronto, ou os restaurantes chineses ou japoneses, churrascos, pão e todas as coisas gostosas que engordam e nos faz perder a cabeça, em troca de um estômago saciado, pelo desejo incessante de uma mente doentia. Novamente, sou eu, que não sei dizer NÃO, OBRIGADA!

Finalmente, percebi que o problema não está no que me é oferecido, nas tentações e, nos percalços da vida; está em mim, que não consigo resistir, ter força de vontade, disciplina, organização e planejamento.

Sempre me orgulhei bobamente de coisas que não são verdades.  Felizmente, a venda nos olhos se rompeu e, eu pude perceber, bem a tempo, que não sou, nem de longe, aquilo que desejo ser.

Um dia, ouvi uma pessoa dizer, que o amor é como uma flor, que tem que ser cultivado todos os dias, para permanecer forte e florido. Hoje, refletindo sobre isto, percebo que na verdade, não é só o amor pelos outros, mas o amor por nós, pela nossa vida, pela vontade de viver.

Se não cultivarmos a todos os dias, incessantemente, o amor-próprio e a paz interior, com disciplina, resistência, fé e vontade, com certeza, morremos por dentro, deixando com que qualquer probleminha, se torne imenso e insolúvel, e, poderemos, como eu, recorrer a compulsão alimentícia ou as compras, como forma de sanar um problema interno de incapacidade de gerenciar as desilusões.

É engraçado tudo isto, mas é realmente o que acontece. Se estamos insatisfeitos com alguma coisa, recorremos a outra para “tapar o buraco, a dor causada por aquilo” e, de repente, a dor se torna maior. Quantas vezes me vi, triste, comendo ou comprando e, depois arrependida de ter feito aquilo. Mas, depois que Inês morreu, já era não dá para voltar atrás.  

Há um pouco mais de dois anos, criei este cantinho para trocar experiências que como eu, também tinham problemas com a balança. Depois de tantas idas e vindas, durante este período, amadureci o suficiente para perceber que estava fazendo tudo errado. O foco não deveria ser na balança, vista muitas vezes como inimiga (coitada, só mostra a realidade, assim como o espelho, que reflete aquilo que está a sua frente) e, sim, na mudança interior, em descobrir os pontos fracos, em fortalecer os pontos fortes e em buscar forças para transformar aquilo que incomoda.

O meu exterior, o ambiente onde vivo é reflexo do meu interior. Percebendo isto, finalmente entendi porque sempre nado e morro na praia. Vivo brigando com meus filhos sobre a falta de organização e disciplina na vida deles e, mas olha pra mim, o que eu estou fazendo da minha vida? Que exemplo eu estou dando para eles?

Se hoje eu estou assim é porque eu me permiti chegar a este ponto. Cada um é responsável por aquilo que cativa e, se eu quero ver mudanças, tenho que começar aqui, dentro de mim, com vontade, perseverança, disciplina e organização.

Assim, começo do zero, planejando meus atos, refletindo sobre as situações e encarando as dificuldades. Meu plano de ação? É mudar aquilo que me incomoda, ressaltar aquilo que me deixa feliz, em todas as áreas: casa, saúde, trabalho, relações familiares, alimentação, bem-estar etc etc etc.

Ou seja, estou de volta, com fé, coragem e muita força de vontade!!!!

Beijos e até amanhã!!!

2 comentários:

ALINE disse...

sabe que é isso mesmo...em um momento acordamos e nos enxergamos com outros olhos......e ai sim percebemos a força que nós temos e que mudar só depende da gente mesmo...boa sorte na sua caminhada e no que eu puder ajudar conte comigo

Roberta Zero Cal disse...

Val... que bom que voltou.
Viu que eu tinha deixado um recado no post do dia 23/07? morrendo de saudade de vc... mas tenho que vir outra hora para ler pq agora vou sair voando mas como vi seu comentário agora precisava vir aqui dar um OIIIII
FELIZ DEMAIS QUE VC VOLTOU!!!
A noite passo aqui de novo, me aguarde hehehe[
prepara o chá hahaha
Bjs